David Petterson

Não sou o melhor em contar histórias, ainda mais quando se trata da minha, mas vamos lá. Meu nome é David Petterson, hoje tenho 16 anos e... Bom, a história. Eu nasci em Londres, Inglaterra, filho de pais bruxos, Anne e Andres Petterson, e irmão do Matthew, meu irmão um ano mais velho. Então é o seguinte, quando nós dois éramos pequenos, antes dos meu três anos de idade, mais precisamente, costumávamos ser melhores amigos, daqueles que não se separam e tudo mais. Mesmo sendo irmãos, e todos sabem que irmãos possuem problemas de relacionamento, nós nos dávamos muito bem, nossos pais tinham muito orgulho dos filhos que tinham, e conseqüentemente, nós continuamos sendo os exemplos. Mas tudo mudou, tão repentinamente que nem eu sei explicar direito o que aconteceu na verdade.
Era certo que o Matt sempre foi mais ligado ao papai, e eu a nossa mãe, mas isso não fazia mais muito sentido depois que o nosso pai sofreu um grave acidente de avião e veio a falecer. Todos lá em casa ficaram desnorteados, parecia que não tínhamos mais idéia do que fazer, e no fundo, eu sabia que era verdade. Perdemos o rumo, mamãe não sorria mais, não tinha mais vontade de brincar conosco como era antigamente. Perdi meu pai com três anos de idade, e mesmo sendo muito novo, eu já conhecia o sentimento de perder alguém muito importante e próximo, e a minha inocência de criança terminou ai.
Meu relacionamento com o meu irmão modificou-se completamente, nosso contato era restrito e conversávamos apenas o necessário. Estávamos longe de ser o que éramos antigamente, e isso tem uma razão. Eu sofri muito mais do meu irmão com a morte do meu pai, ou pelo menos era isso que parecia. Nunca entendi como ele podia reagir tão calmamente à nossa situação, à nossa mãe que mudou completamente, à falta que o papai fazia na nossa rotina. Ele se tornou mais simpático, engraçado, compreensivo, enquanto eu me tornei irônico e sarcástico.
Somos opostos até hoje, ele foi para a Corvinal e eu para a Grifinória, nossos valores são completamente diferentes, ele é responsável e eu não, sou mais engraçado que ele, eu prefiro festas e ele prefere ficar sozinho. Mas posso dizer que essa nossa convivência em Hogwarts nos ajudou muito a nos reaproximarmos, não tanto quanto antes, é claro, mas até que nos suportamos no nosso dia-a-dia.